A psicanálise é um método clínico de investigação do inconsciente fundado pelas descobertas de Sigmund Freud, e mais tarde pela continuidade das investigações de Jacques Lacan, teórico que serve de base para meu trabalho clínico.
A psicanálise com Lacan não é mais um mero retorno ao passado, às origens da constituição dos sujeitos, mas uma teoria que escuta e intervém sobre as angustias dos sujeitos em relação ao futuro, voltando-se para o tratamento do sofrimento psíquico por meio da escuta da palavra do sujeito. A psicanálise aposta na fala como caminho para que cada um possa elaborar seus impasses e encontrar saídas singulares. É a oferta da escuta do analista que produz as condições da palavra, quer dizer que, em um espaço de analise se pode tentar dizer tudo.
Durante o processo, o analisante (como é nomeado aquele que se trata pela psicanálise), é convidado a falar livremente, e o analista escuta com atenção ao que se diz, e também ao que escapa desse dizer. O papel do analista será de reconduzir, essa fala que lhe foi endereçada, de volta ao sujeito que a falou. Fazendo com que o analisante se escute aí entre o seu discurso enunciado e sua posição subjetiva a partir da qual poderá saber mais com o auxilio das intervenções de um analista.
As intervenções (em sessão durante um tratamento) na psicanálise são conduzidas por uma ética: não se trata de adaptar o sujeito a normas externas, mas de sustentar um espaço onde ele possa se responsabilizar pelo que o afeta. A responsabilização, aqui, pode ser concebida como um caminho em direção ao reconhecimento de si, de seu modo de lidar com a vida, seus atos de linguagem, quais sintomas se tem produzido.
Isso ocorre em uma análise a partir do ato de interrogar-se em sua posição de sujeito: sobre o que se é e como se têm relacionado com o mundo, para que, assim, se torne possível, para cada sujeito, fazer escolhas de vida, se ressituar em sua existência.
Mais do que um método, a psicanálise é um modo de conduzir um processo de transformação subjetiva, a partir da escuta de um estranhamento desse Outro que nos habita, que entre outros nomes, podemos chamá-lo de inconsciente.
Um processo analítico começa, muitas vezes, com uma pergunta. Caso deseje dar esse primeiro passo, entre em contato. Combinaremos uma conversa inicial para escutar o que se apresenta.